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Carreira & Neurocomportamento: como fazer sua carreira deslanchar em 2024 indo além do óbvio
- 21 de novembro de 2023
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Dicas Trabalho e carreira
Você que me segue por aqui talvez já saiba que eu compartilho conteúdos científicos ensinando a otimizar os potenciais humanos para que líderes possam ser mais produtivos sem perder a saúde mental e tornar-se protagonistas de suas vidas e carreiras.
Mas hoje, eu quero ir além do óbvio.
Você já deve estar cansado de ouvir falar de soft skills, human skills, life-long learning, andragogia, e tudo que se refere à educação executiva para o sucesso profissional. Mas você sabia que esse conhecimento começa no seu corpo interno?
É isso mesmo.
Se nos últimos meses nós intensificamos importância à saúde mental, desenvolvemos a inteligência relacional, a inteligência emocional e outras inteligências, agora é hora de desenvolver a inteligência biológica.
Para ter inteligência biológica, precisamos de autoconsciência. O primeiro passo é focar no nosso interior, para que possamos conhecer a nós mesmos como conhecemos nossas máquinas.
Até a década de 90, o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico e habilidades matemáticas e espaciais (QI). Você já deve ter ouvido falar no psicólogo Daniel Goleman, que ficou famoso com seu livro Inteligência Emocional, criou uma nova discussão sobre o assunto.
A inteligência emocional está relacionada a habilidades como motivar a si mesmo, persistir mediante frustrações, controlar impulsos, canalizar emoções para situações apropriadas, praticar gratificação prorrogada, motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns.
Segundo Goleman, a inteligência emocional é o maior responsável pelo sucesso ou insucesso das profissionais. Eu considero a ponta do iceberg.
Mas o mercado comprova a teoria de Goleman. A Career Builder afirma que 59% dos RHs não contratariam um candidato com QI alto e baixo QE e 75% disseram que seriam mais propensos a promover um colaborador com alta inteligência emocional.
Como a maioria das situações de trabalho envolve relacionamentos interpessoais, profissionais com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, escuta ativa e comunicação não violenta têm mais chances de obter sucesso.
Uma pesquisa publicada na revista científica Postgraduate Medicine pela pesquisadora inglesa Clare Gerada mostrou que os melhores líderes foram aqueles que demonstraram compaixão, empatia, estarem conectados as suas equipes e vulnerabilidade, e isso é autoconsciência.
Além disso, um levantamento realizado pela Talentsmart e divulgado pela Forbes mostrou que 90% dos colaboradores de alto desempenho tinham altos níveis de inteligência emocional.
A mesma pesquisa mostra que esses profissionais também tinham uma renda média anual maior do que de seus colegas, já que a inteligência emocional é responsável por 60% do desempenho de líderes e executivos.
Mas se eu te dissesse que a inteligência emocional tem como base o entendimento profundo de nós mesmos – também conhecido como inteligência biológica?
O que é inteligência biológica e como ela pode ajudar na sua carreira
A inteligência biológica envolve a consciência do próprio corpo, reconhecendo os sinais de como o estresse, a nutrição e o sono afetam nossa capacidade cognitiva e emocional.
Este conhecimento pode ser uma ferramenta poderosa para líderes, servindo como uma bússola para rever possíveis rotinas e hábitos nocivos, otimizando o desempenho e a produtividade sem sacrificar a saúde.
Nosso cérebro é plástico e capaz de mudanças significativas ao longo de nossas vidas. Essa habilidade é chamada de neuroplasticidade, e pode ser usada para desenvolver novas habilidades e comportamentos que fortalecem a nossa capacidade de liderança.
Mas em uma empresa que não tenha no seu DNA saúde mental e, consequentemente, inteligência emocional, e pouca gestão emocional, não há como ter resultado sozinho.
A Harvard Business Review publicou um dado mostrando que apenas 18% das organizações tem a IE enraizada na cultura. Além disso, 64% das empresas emocionalmente inteligentes arriscam mais e são disruptivas por que não tem medo de errar, tendo o cliente também como protagonista.
Estes times têm mais conexão com clientes e são emocionalmente interligados. A experiência do cliente se torna um ponto importante para criar mais chances de inovação e conexão humana.
As empresas emocionalmente inteligentes empoderam pessoas para tomada de decisão.
Então, se você quer deslanchar a sua carreira e está buscando qual curso adicionar ao seu currículo, sinto te dizer que o primeiro investimento deve ser em si mesmo e a inteligência que o seu corpo está tentando te comunicar.
Ah, e não pensa que esse aprendizado é coisa de alguns dias, viu!
O Dr. Maxwell Maltz, da Columbia University, estudou profundamente a formação de hábitos e descreveu que leva, em média, 21 dias para a nossa mente começar a considerar algo “novo” como sendo normal. Depois disso, tem um outro período até o que o hábito se transforme em algo corriqueiro e a gente consiga fazer sem pensar muito.
E não para aqui. Segundo James Clear, autor do best-seller Hábitos Atômicos, pode levar, em média, mais de 2 meses antes que um novo comportamento se torne automático – em alguns casos, esse tempo pode chegar a mais de 250 dias.
Percebeu como não adianta você acordar às 5h da manhã e seguir os 3 passos mágicos para ter sucesso?
Mas eu te garanto que reservando alguns minutos do seu tempo todos os dias para o autoconhecimento, vai te levar a autoconsciência, que vai te levar a inteligência biológica e certamente, você vai chegar onde jamais imaginou que fosse possível.
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