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Depressão e Trabalho
- 29 de abril de 2020
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Trabalho e carreira
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Nossos sentimentos e nossas emoções são a base de qualquer comportamento.
Você consegue imaginar quantas pessoas tem depressão e escondem no seu ambiente de trabalho esse sofrimento profundo e digno de qualquer família humana?
Quantas pessoas perderam oportunidades, relacionamentos afetivos, amizades, por não poderem explicar e sentirem a dor da depressão?
Durante esse período de quarentena, recebi muitas mensagens privadas de pessoas envergonhadas, sofrendo sobre como abordar esse assunto no ambiente de trabalho.
Te pergunto. Por que a dor da alma precisa ser um tabu?
As pessoas andam nos corredores dos escritórios falando das suas dietas, do braço quebrado, da dor muscular, da dor nas costas – tem até nome para doenças crônicas, como a LER, causada pelos trabalhos repetitivos.
A OMS declara que a estimativa é de que, em todo o mundo, 264 milhões de pessoas sofram de depressão por causa do trabalho, e nós ainda não quebramos o tabu de falar de doenças mentais ou dores da alma.
Os dados da Organização Mundial da Saúde indicam que a perda de produtividade gerada por depressão e ansiedade tem para a economia global um custo estimado de 1 trilhão de dólares por ano.
Não existe certo ou errado quando se fala de dores. As dores da alma às vezes precisam de ajuda externa. Nós somos corpos bioquímicos e, de vez em quando, um elemento químico fora do lugar pode trazer gravíssimas consequências – e junto, a frustração e o medo de sentir que faz parte de um grupo de pessoas inúteis.
Se você está sentindo isso ou já sentiu, tudo tem seu tempo e, às vezes, a cura é longa. Mas procurando um bom profissional e a buscando a administração de um químico, você poderia começar a resolver o seu problema. Existem muitos métodos de biohacking onde utilizamos suplementos e estratégias naturais para desinflamar o corpo, e neste raciocínio, a depressão é também uma espécie de inflação.
Mas tem pessoas que não conseguem utilizar a força do próprio corpo porque ela realmente está bioquimicamente muito defasada, e precisa de um medicamento e da ajuda de um profissional.
Pense comigo: se você tivesse uma perna quebrada, você andaria em silêncio pelos corredores da sua empresa, sem falar da dor, e ainda com a possibilidade de ficar com ela torta por não ter colocado o osso no lugar? Ou com consequências graves na sua coluna, pelo desvio da sua perna, ou na sua vida social, sem poder se movimentar direito?
Tenho certeza que você iria imediatamente ao hospital e procuraria um ortopedista.
Quero propor que tenha essa mesma sensibilidade para sua alma.
Quem tem depressão não está com preguiça, não é mole, não é fraco. Aliás, na minha opinião, são pessoas muito fortes que superam a depressão todos os dias e vão ao trabalho e têm uma vida como todos nós. Para uma pessoa deprimida, sair da cama é como subir uma montanha todos os dias. O convite que eu faço hoje é que pra cada um de nós que tem um amigo, um parente, um colega que sofre de depressão, que a gente abrace essa pessoa e a incentive. Não faça bullying, não fale dela pelas costas, não crie problemas. E, se você é um líder transformador, um líder que tem compaixão, saiba que esse profissional que tem depressão hoje pode ser o melhor profissional que você tem – se você realmente olhar a sua competência, e não a sua dor, você verá uma pessoa resiliente. Não impeça que uma pessoa cresça na vida em nenhuma circunstância. É hora de todos nós, como sociedade, pararmos de impedir o crescimento dos outros que são diferentes de nós. Seja pelas diferenças físicas, as deficiências, as doenças, as dores, a cor, as preferências; os diferentes de nós são exatamente como nós, e a nossa obrigação como líder é fazer com que as pessoas cresçam como todos nós e mostrem o que eles tem dentro delas, que pode até mudar o mundo. Às vezes o que vai mudar o mundo é essa pequena diferença. Já parou para pensar nisso? Para quiser receber dicas práticas e insights que podem te ajudar a desenvolver sua produtividade sem perder a saúde e conhecer mais o Biohacking raiz, me siga nas redes sociais em @flavialippi. Entre também no nosso grupo do Telegram: https://t.me/aequacao