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Você generaliza tudo na sua vida?
- 31 de agosto de 2021
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Relacionamentos Trabalho e carreira Vida pessoal
Você já deve ter percebido que, de vez em quando, você pula para algumas conclusões sem nem ter pensado direito no assunto. A neurociência chama esses atalhos preguiçosos do nosso cérebro de vieses cognitivos.
O Daniel Kahneman, autor do livro “Rápido e Devagar”, define junto com o pesquisador Mark Riepe o termo “ilusão cognitiva”. Para eles, a ilusão ou o viés cognitivo é a tendência que o nosso pensamento tem de cometer erros sistemáticos durante os processos de tomada de decisão.
E essas ilusões levam a atalhos cognitivos que nós usamos inconscientemente para “facilitar” as 2 mil decisões que nós tomamos por hora, em média. Seria totalmente impossível receber e analisar minuciosamente toda informação que chega ao nosso cérebro se não tivéssemos a ajuda desses “pulinhos” do nosso cérebro.
Mas esses atalhos, que são úteis nos contextos e proporções necessárias, podem se tornar erros sistemáticos do pensamento e se tornarem extremamente prejudiciais.
Todos nós humanos estamos suscetíveis, independentemente da idade, sexo, formação e até mesmo da consciência que eles existem. Mesmo estando cientes dos atalhos do nosso cabeção, ainda assim, corremos o risco deles estarem obscuramente conduzindo nossos pensamentos.
O objetivo inconsciente desse tipo de criação de atalhos e regras é a segurança. Nosso cérebro está cuidando de nós, tentando constantemente nos manter seguros. Quando nos colocamos em situações assustadoras nas quais nos sentimos vulneráveis, nossa mente subconsciente cria regras que garantem que situações dolorosas não acontecerão conosco novamente. É uma forma de extrema aversão ao risco.
Em resumo, o seu cérebro pode continuar a repetir antigos padrões de tomada de decisão para mantê-lo em sua zona de conforto, ao invés de ajudá-lo a atingir seu potencial máximo.
Um desses atalhos de pensamento mais comuns é a supergeneralização. Funciona assim: acontece alguma coisa com você, pode ser o que for, e você conclui que aquilo que aconteceu uma vez vai acontecer sempre. Você acredita que a dor do passado que você teve se refletirá novamente no futuro.
Exemplo:
- Você acha que a rejeição de uma pessoa significa rejeição de futuras pessoas que você conhecerá.
- Você não se envolve em um relacionamento sério depois de ver um relacionamento fracassado.
- Você acredita que alguém foi mal com você, todos serão.
- “Vou ficar solteiro para sempre”, depois que um encontro dá errado.
Se você já teve automaticamente alguns desses pensamentos, pode ter certeza que a supergeneralização está tomando conta, em alguma medida, do seu processo de tomada de decisão.
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