Vou falar de emoções básicas. Mas antes, deixa eu te contar como faço pesquisas. Isso é muito importante. Existem cientistas que criam hipóteses e às vezes demoram milênios para descobrir que essa hipótese pode virar uma pesquisa científica comprovada e chegar até nós em forma de produto ou ensinamentos que podem mudar nossas vidas. Eu amo hipóteses e amo ciência. 

Falando de emoções e ciência, vou te contar como nossas emoções foram comprovadas por cientistas.

Charles Darwin, em sua obra “Expressão das Emoções em Homens e Animais” (1872), defende que nossas emoções são fruto de um processo evolutivo que garantiu a sobrevivência de nossa espécie. Exibir a reação adequada ao momento adequado garantiu ao homem primitivo maiores chances de sobrevivência.

Anos mais tarde, na contramão das ideias de Darwin, a antropóloga Margaret Mead (1967) afirmou justamente o contrário. A expressão facial das emoções teria modificações de cultura para cultura.

Entre o dilema das teorias de Darwin e Mead, o psicólogo norte-americano Paul Ekman realizou experimentos com pessoas em diversos países. Verificou que os sinais faciais de todos os indivíduos, independentemente do país de origem, eram os mesmos quando experimentavam uma emoção.

O mais importante de todos os trabalhos de Ekman é uma pesquisa realizada em 1968, em Nova Guiné, na Oceania. Ekman precisava de uma civilização isolada, sem a influência da mídia, para estudar as influências sociais na formação e expressão facial das emoções básicas. E a tribo Fore foi perfeita para isso. Esta tribo vivia praticamente na idade da pedra, sem acesso à tecnologia, e foram fotografados e filmados sem que suas emoções fossem contaminadas porque eles simplesmente nunca tinham visto uma câmera antes.

E aí, você sabe quais são as emoções básicas?