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O poder do amor
- 18 de setembro de 2017
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Relacionamentos Vida pessoal
O ideal é o amor. Claro que se o amor regesse o mundo não haveria guerra. Morro de medo de dizer isso porque parece tão piegas. Mas o que traz paz? O que traz harmonia? O amor. E o que traz discórdia é a carne, o desejo, a vontade de ter imediatamente. É o desamor. E é isso que gera a guerra, o físico. As pessoas brigam porque querem o que é do outro. E no amor não existe isso. No amor a gente não quer tomar nada do outro. Mas quando eu falo de amor, as pessoas sempre me acham piegas.
Amor é uma mistura de valores. Todas essas coisas das quais a gente fala: tolerância, paciência, compreensão, companheirismo, compartilhar… Amor é saber ser crítico, é saber ouvir. São valores serenos e muito importantes para o desenvolvimento. E quando estamos amando, iluminamos esses valores, porque queremos dar para o outro o melhor de nós.
O amor tem de existir em todas as relações, até no trabalho. Porque senão a gente sempre vai querer o lugar do outro, sem generosidade. E é o amor que nos faz bons e generosos.
Acho que o mundo não consegue viver essa coisa ideal que seria o amor porque o amor é perene. Não tem altos e baixos, é contínuo. Mas o ser humano não é assim por natureza. Ele tem desejo, quer adrenalina. E essa busca por fortes emoções o tempo todo faz com que as pessoas se distanciem do amor e se aproximem da paixão, da realização imediata. É a conquista do dinheiro imediato, do sucesso imediato, da amizade imediata. As pessoas perderam um pouco a noção da realidade. A realidade passou a ser a paixão mesmo, a conquista imediata, no lugar da serenidade de ir conquistando aos poucos um espaço no mundo. Isso é incompatível com o amor, que é uma construção.
O caminho pra mudar o mundo através do amor é uma coisa que muita gente está tentando achar, não é? Se eu soubesse, estaria rica, milionária. E não só de dinheiro, não, mas seria a pessoa mais rica do mundo! Eu tento achar esse caminho de algumas maneiras, e acho que o primeiro passo é se amar, ter paciência e tolerância consigo mesmo. E depois começar a ser mais sutil. O amor está nas sutilezas, em fazer pequenas coisas para as pessoas, ouvir mais, observar, ser gentil de graça. Isso nos torna mais amorosos. E gera amor no outro. Basta reparar que você vê: uma pessoa tranquila gera tranquilidade; uma pessoa agitada gera inquietação. Com o amor é igual. E a humanidade vai ter paz quando alguém descobrir o caminho para espalhar o amor como uma epidemia.