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O fim de um relacionamento
- 23 de dezembro de 2016
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Relacionamentos Vida pessoal
Todo mundo já passou por isso um dia. Terminar um relacionamento, seja namoro, casamento, caso, qualquer coisa é sempre um término e isso significa, horas de choro, noites de raiva e emoções galopantes que terminantemente deveriam sumir de nossas vidas. Se você é do tipo PEIXES, como eu, vai se achar a última das mulheres, mesmo que isso só dure uma hora. Aliás, o tempo da dor não conta, já que cada uma tem a sua e às vezes uma hora parece uma eternidade.
Estava conversando com uma amiga sobre ex-namorados. Sempre achamos que tudo vai acabar diferente. E de fato acaba mesmo, porque a gente amadurece e vai se tornando mais experiente até para terminar um relacionamento. Mas ainda não sei se é possível criar vínculos com ex-namorados. Tenho experiências diferentes neste caso. Ser amigo significa respeitar, aceitar as diferenças, ajudar quando precisa, olhar como quem olha um amigo crescido. Um ex-namorado já não é nada disso, e provavelmente o término aconteceu, porque faltou muito disso. Ou talvez porque não existe mais necessidade de relacionamento com aquela pessoa. Parece estranho, mas as pessoas precisam entender que os ciclos terminam mesmo! Até na amizade pode haver um tempo determinado se não for uma amizade construtiva.
Quando um relacionamento chega ao fim costumamos dizer que deu errado. Acho que é hora de repensar isso. Na minha opinião provavelmente ele deu super certo pelo tempo que tinha que ser. Ou seja, terminou porque daqui pra frente ficaria ruim. Depois de anos juntos, se divertindo e vivendo tudo que se vive num relacionamento, é possível pensar na possibilidade de eternidade, mas eternidade não existe e nem é saudável.
Vivemos de transformações, sonhos, realizações e nesta mística é importante saber terminar os ciclos da vida. Vale à pena pensar na possibilidade de transformar este velho namorado num velho conhecido distante. Aquele que você não vê muito porque não mora perto e porque às vezes uma pequena conversa por telefone basta para saber como vão as coisas. Afinal vocês se conhecem bem e não precisa de muito papo para saber como vão as coisas. Não precisa estar presente todo o tempo e pode ser também apenas uma pessoa especial na vida. Não acredito em inimizade depois do namoro, mas acho que o tempero da amizade pode ser o respeito pelo que passou e não um resgate do que não foi.
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*Texto postado no meu antigo blog em 21/12/2004.