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A empatia também pode causar problemas
- 9 de julho de 2018
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Vida pessoal
Colocar-se no lugar do outro, entender suas dores e sentir compaixão, por incrível que pareça, a empatia pode trazer problemas. Considerado quase como um dom, essa qualidade pode ser responsável pelo esgotamento físico e mental, pois ao assumir o sofrimento das pessoas, a preocupação exagerada com os sentimentos negativos pode levar a quadros graves de estresse.
O desequilíbrio pode ser causado pela vontade de obter reconhecimento, de ganhar a atenção fazendo o que as pessoas esperam. Há uma linha tênue que separa sentimentos como inveja, ciúmes e a carência na forma desse tipo prejudicial de empatia.
Bons vendedores e comunicadores desenvolvem a forma saudável de empatia, pois está associada ao hormônio responsável pela confiança: a oxitocina. Esse hormônio faz os pais ficarem atentos aos sinais de choro ou risada dos filhos, exercendo papel muito importante para o instinto materno. Esse vínculo emocional é fortalecido pelas reações hormonais que permitem identificar como os bebês estão. Além disso, as reações dos pais ajudam os filhos a criarem seus vínculos emocionais com o ambiente.
Outro mito sustentado por teorias até conspiratórias argumentam que é necessário observar, analisar para imitar cada gesto e ação e buscar fundamentos psicológicos para explicar o que isso tudo significa. Ao tentar desenvolver empatia dessa forma, resultará na tensão excessiva que os estudos mais recentes buscam evitar.
Empatia é uma forma natural de acompanhar a dança, não se prendendo aos passos, mas no ritmo e nas nuances sutis, para que a oxitocina tenha chances reais de cumprir sua função com sucesso nesse organismo, mesmo em fase de teste. Afinal, a mãe pode sentir compaixão aos ver seu bebê chorando, mas não é isso que resolve o problema. Ela amamenta porque sabe que é necessário e ambos aproveitam essa relação física e afetiva.