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De todas as violências que sofremos, as que cometemos com mais frequência são as que cometemos contra nós mesmos.
Nessa violência, esta crueldade, não se derrama sangue, mas se derrama dor e com isso se constroem paredes, e atitudes limites que passam a nos sufocar por dentro.
Atitudes limitantes são martelos incessantes em nossa alma e sem dúvida a mais dissimulada de todas as agressões. Ela vem enfeitada de falsas virtudes, aplausos de pessoas e mesmo assim continua internamente delimitando e esmagando brutalmente nossa alma.
Algumas pessoas buscam sempre a admiração e aceitação dos outros numa tentativa incessante de calar as atitudes limitantes que calam também suas almas. Buscam constantes elogios, colecionam reverências e títulos inúteis, sorrisos marcados e ainda assim não sabem o preço que pagam por isso. Vivem distantes de si mesmas.
A auto crueldade só pode ser combatida, com amor a si mesmo e a declaração interna que é necessário fazer diferente do que sempre fez, para que seja respeitado pelo que é e não pelo espelho que se carrega.
A alma pode ser sim o reflexo mais sincero do que somos.
Seja. Simplesmente, seja.
Texto postado no meu antigo blog em 02/12/2009