Os seres humanos evoluíram em pequenos grupos sociais em que a imagem e o status têm importância primordial, não somente para a sobrevivência, mas também para atrair parceiros, impressionar amigos e criar filhos. Hoje em dia, ornamentamo-nos com bens e serviços mais para impressionar os outros do que por curtirmos ter um pedaço de matéria — o que torna “materialismo” uma expressão profundamente enganosa no que diz respeito a grande parte do consumo. Muitos produtos são, primeiramente, sinais, e só em segundo plano assumem o aspecto de objetos materiais. Nosso vasto cérebro sócioprimata evoluiu rumo a uma meta social predominante: fazer bonito para os outros. E comprar produtos impressionantes, numa economia baseada em dinheiro, é apenas a maneira mais recente de alcançar esse objetivo.
Trecho do Livro Darwin vai às compras de Geoffrey Miller