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Participação e responsabilidade
- 12 de fevereiro de 2017
- Por: Flávia Lippi
- Categoria: Vida pessoal
Hendre Coetzee apresenta dois fatores essenciais para o processo de transformação em coaching que são: a participação e a responsabilidade. Não importa o grau de esforço que uma pessoa diz dedicar à sua vida e aos seus planos, se não compreender que participação e responsabilidade são fatores que dependem exclusivamente delas.
Participar significa ‘assumir sua parte na ação’. Quer dizer que em tudo o que vivenciamos na vida, existe uma parte que corresponde a mim. Eu devo assumi-la para que minha parte garanta a ação e a realização do planejado. Não significa assumir a ‘culpa’ pelas coisas terem acontecido de ruim ou, ainda, determinar que só depende de mim mesmo que tudo aconteça.
Significa que, em tudo na vida existem os fatores internos e externos que determinam as situações em que estamos. Se decidimos por não participar da nossa própria vida, estamos dizendo que ‘os fatores externos’ podem determinar tudo a seu modo e que estaremos lá apenas como um coadjuvante.
Não tenha dúvidas de que: não participar pode gerar consequências inesperadas.
Muitas vezes olhamos para nós mesmos e nem sequer percebemos que não estamos participando. Passamos a ver quando temos que aceitar algo que realmente não queremos e somos levados a perceber que as coisas estão daquela maneira porque deixamos a omissão, dificuldades, medos tomarem conta de nós.
As pessoas estão demasiadamente desgastadas com as adversidades da vida e passam a ser expectadoras de si mesmas. Decidem olhar o tempo passando e permanecem à espera de que algo aconteça para ‘limpar o passado’ e ser possível recomeçar. Factualmente, o que não percebem é que ao decidirem ‘estacionar’ pelo medo de reviver dores ou de correr riscos, estão gerando um ciclo vicioso de impactos involuntários. E causando um grau cada vez mais aprofundado de ações determinadas externamente.
Os fatores que nos impedem de participar estão relacionados às nossas conversas internas, conforme Coetzee nos apresenta. Por sua definição, conversas internas são as barreiras que as pessoas têm em suas vidas que as mantêm distantes da participação e de, consequentemente, chegar aonde desejam e querem. É o que as mantém distantes do potencial que possuem.
Como coaches, é importante saber que tipos de conversas internas impedem as pessoas de perceberem seu potencial de chegar ao sucesso e a excelência em todos os aspectos da vida. As conversas internas podem ser positivas, obviamente. E quando são, desempenham um papel altamente fortalecedor para o crescimento e transformação pessoal e profissional. Não obstante, é mais comum — principalmente nos processos iniciais de coaching — encontrar pessoas que detém conversas internas altamente negativas. Aquelas que os convencem a não seguir adiante.
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*Texto postado no meu antigo blog em 18/12/2014.